A Elizandra fez o acompanhamento intensivo, dedicou-se a praticar todas as técnicas e estava super preparada. É um exemplo de como a rapidez com que o trabalho de parto avançou e o processo de internamento no hospital pode alterar a concentração. Ficou “assustada” de início e, felizmente, recuperou o controle e este é o seu relato de parto com Hypnobirthing.
“Aqui deixo o meu testemunho: Eram 22:45 quando senti a primeira onda, virei-me para o H e avisei que tinha chegado a hora. Fomos para a sala, estive na bola a ouvir os áudios, dancei com o papá e a cada onda ele ajudava-me a respirar dentro dos tempos corretos. As 00h00 já tinha ondas a cada 7 min e as 00:20 rebentaram as águas.
Fomos então para o hospital, onde chegamos eram 1:06 e não deixaram o H acompanhar-me. Começaram a fazer um série de perguntas, uma atrás das outras e lembro de pensar “porque raio a minha escolaridade e profissão e a do pai é importante neste momento” sai completamente da minha bolha. A 1:30 já tinha ondas a cada 3 min e no meio de tanta pergunta e aplicação de medicamentos, dei por mim a não conseguir sequer sair do semáforo vermelho.
Ficou tão intenso que esqueci-me completamente que queria usar o gás e o H ficou parvo quando enviei SMS a dizer que tinha levado epidural, era algo que eu sempre disse desde o início que seria último recurso. As 6h já tinha a dilatação completa. Fiquei tão “desapontada” comigo.
Queria mesmo estar plenamente consciente do meu parto e a enfermeira sugeriu esperarmos o efeito passar porque ainda havia tempo e ele não tinha descido. Assim fizemos.
Consegui controlar através da respiração as dores que ainda ia sentido e quando se deu a expulsão eu estava ciente de tudo o que se passava com o meu corpo. Tive um período expulsivo super rápido (para espanto da enfermeira) e sem qualquer dano do períneo pois sentia e ouvia o meu corpo sobre quando fazer ou não força. A ajuda da enfermeira foi fundamental neste ensinamento também.
As 10h da manhã já tinha o meu rapagão de 51,2cm e 3,660kg nos braços a gritar em plenos pulmões. Já no pós parto as técnicas aprendidas também estão a ser fundamentais quer no desconforto de dar maminha, quer na contração do útero. Está tudo a correr tão bem e estamos muito apaixonados cá por casa.
Obrigada pelo acompanhamento e pela ajuda. O parto foi intenso e precisei de ajuda para as ondas uterinas mas depois na altura da saída do bebé já estava a sentir tudo e foi muito importante conseguir manter a calma e saber fazer força na altura certa. Acabou por ser um parto rápido e perfeito”
Obrigada eu querida Elizandra por me permitir acompanhar a sua história!
* O relato está escrito conforme foi enviado pela mãe e retrata a sua percepção.